NOTA: Este texto foi escrito antes da exibição da Reportagem da SIC Especial BDSM, em 19 de Novembro último, logo, sem visionamento anterior... Não foi aqui postado antes, unicamente devido a problemas técnicos - à letra!
Há mais de um ano que defendo, em canais temáticos de IRC, Fóruns e na Comunidade em geral, nomeadamente em debates acesos que fizeram História, a abertura da Comunidade Portuguesa de BDSM à sociedade em geral, também através dos Media.
Então, opositores inflamados atacaram a minha (e não só) posição, com todos os argumentos possíveis (e impossíveis), invocando um pseudo-direito à privacidade, nunca questionado nem invalidado por uma eventual abordagem honesta e não-sensacionalista.
Respeitadas as opiniões e atestadas as declarações, alguns desses inabaláveis defensores da Comunidade escondida em festas “privadas” (em bares de porta aberta mas com recusa de cobertura jornalística), parecem agora a corroborar o meu velho argumento de que todos na Comunidade temos direito a NÃO ficar escondidos, não contribuindo para o mito de que minorias escondidas são sinónimo de gente perigosa, anormal, viciosa, aberração, etc.. ou/e outros epitáfios que, em meu entender, denotarão sempre e apenas um sentimento (esse sim perigoso) de auto-discriminação!
Tudo isto para concluir que, no último ano, a Comunidade Portuguesa de BDSM (com novas e bem-aventuradas adesões de gente “a fazer coisas” - sejam ex-Fetichistas, ex-Baunilhas, etc..) se expôs mais do que na última década, Sem prejuízo pessoal algum, provando apenas que NÃO temos de nos esconder! Com a certeza, porém, de que haverá sempre “oposição” e “críticas”, características de quem se recusa a aceitar ideias, posturas e/ou gente diferente da maioria.
Assim, além do texto agora aqui partilhado, fiquem atentos a mais uma “Grande Reportagem” da SIC, cuja data de exibição será aqui referida logo que disponível, num Especial BDSM em Portugal.
Fico feliz que “bute lá fazer a Comunidade” tem ganho cada vez mais sentido em contexto próprio, contrariando um certo editorial faccioso de uma revista que esteve presente na festa de BDSM“Vertigem” Lx/Abril 2005, em que se podia ler nas entrelinhas “nós até não nos importamos que vocês existam, mas fiquem lá atrás dos panos, por favor!”.
Fico feliz que a frase “bute lá consolidar a Comunidade” ganhou outro sentido, pelos que antes nem sequer acreditavam na dita e que agora se apresentam voluntariamente para a representar em divulgação pública, independentemente do que os motivou!
Bem haja!
http://www.youtube.com/watch?v=k-eiJiTPD3o
Há mais de um ano que defendo, em canais temáticos de IRC, Fóruns e na Comunidade em geral, nomeadamente em debates acesos que fizeram História, a abertura da Comunidade Portuguesa de BDSM à sociedade em geral, também através dos Media.
Então, opositores inflamados atacaram a minha (e não só) posição, com todos os argumentos possíveis (e impossíveis), invocando um pseudo-direito à privacidade, nunca questionado nem invalidado por uma eventual abordagem honesta e não-sensacionalista.
Respeitadas as opiniões e atestadas as declarações, alguns desses inabaláveis defensores da Comunidade escondida em festas “privadas” (em bares de porta aberta mas com recusa de cobertura jornalística), parecem agora a corroborar o meu velho argumento de que todos na Comunidade temos direito a NÃO ficar escondidos, não contribuindo para o mito de que minorias escondidas são sinónimo de gente perigosa, anormal, viciosa, aberração, etc.. ou/e outros epitáfios que, em meu entender, denotarão sempre e apenas um sentimento (esse sim perigoso) de auto-discriminação!
Tudo isto para concluir que, no último ano, a Comunidade Portuguesa de BDSM (com novas e bem-aventuradas adesões de gente “a fazer coisas” - sejam ex-Fetichistas, ex-Baunilhas, etc..) se expôs mais do que na última década, Sem prejuízo pessoal algum, provando apenas que NÃO temos de nos esconder! Com a certeza, porém, de que haverá sempre “oposição” e “críticas”, características de quem se recusa a aceitar ideias, posturas e/ou gente diferente da maioria.
Assim, além do texto agora aqui partilhado, fiquem atentos a mais uma “Grande Reportagem” da SIC, cuja data de exibição será aqui referida logo que disponível, num Especial BDSM em Portugal.
Fico feliz que “bute lá fazer a Comunidade” tem ganho cada vez mais sentido em contexto próprio, contrariando um certo editorial faccioso de uma revista que esteve presente na festa de BDSM“Vertigem” Lx/Abril 2005, em que se podia ler nas entrelinhas “nós até não nos importamos que vocês existam, mas fiquem lá atrás dos panos, por favor!”.
Fico feliz que a frase “bute lá consolidar a Comunidade” ganhou outro sentido, pelos que antes nem sequer acreditavam na dita e que agora se apresentam voluntariamente para a representar em divulgação pública, independentemente do que os motivou!
Bem haja!
http://www.youtube.com/watch?v=k-eiJiTPD3o
posted by Miss Libido at 16:49
5 Comments:
Olá,
eu acho q a intenção com q escreveste este texto é boa.. porque genuína, mas não concordo na totalidade porque..
Eu vi a reportagem que passou a seguir ao telejornal da sic e, apesar de achar q do ponto de vista jornalistico estava um bom trabalho, do ponto de vista dos conteúdos não melhorou a imagem do bdsm. (eu pelo menos recuso-me a acreditar que o BDSM se resume ao q passou: pessoas adulteras, não correspondidas no seu amor, sem inteligência e, acima de tudo, mentirosas.
Por coíncidencias profissionais, que agora n interessam, conheço pessoalmente uma das pessoas que reconheci na entrevista.. que mentiu descaradamente.
O BDSM não são apenas jogos sujos, não são relações afuniladas (como referiu o Machado Vaz).
BDSM para mim e para a minha relação é apenas uma barreira que não existe. BDSM é o "poder o que se quer", porque o respeito,segurança e consensualidade já estão implicito qd se fala de qualquer relação, independentemente de bdsm ou não.
O que vi na SIC foram pessoas que diziam "não, não no bdsm ng bate em ng." e repetiam "não, não não.. no bdsm não se bate" e que depois continuava o seu brilhante discurso com "bom.. qd se bate é porque é consensual".
Mas que imagem é que passa lá para fora uma pessoa que não é consistente no seu discurso!?
Cada um é e diz o que é e o que diz.. só peço que não queiram ser e dizer por mais do q si próprios/as. Porque enqt membro desta comunidade.. revolta-me o resultado da reportagem. Porque depois de ter visto com a minha familia, tornou-se ainda mais complicado dizer: "é daquilo que eu gosto"!!!!!
Sim, estou indignada.
Obg misslibido, por teres este espaço onde pude gritar a minha indignação.
Concordando com a apreciação da rita quanto à entrevista - aberturas para mostrar aquilo, mais vale que se dediquem a um ostracismo voluntário e isolacionista - não consigo perceber isto:
"Porque enqt membro desta comunidade.. revolta-me o resultado da reportagem."
(ou as referências do post)
Os bdsmers têm um fascínio, quiçá fetichista, por comunidades. Pessoalmente, acho estranhíssimo, para mais sendo o sexo o acto criativo e individual (mesmo que praticado em alegre contubérnio grupal) por excelência.
Assim, venho recomendar a leitura compulsiva e obrigatória de, sei lá, Ayn Rand ou Vargas Llosa. Um gajo já vive no mais colectivista dos países, inundado de estatismo e de gregarismo, e até a líbido tem de ser comunitária? Um aborrecimento.
"Cada um é e diz o que é e o que diz.. só peço que não queiram ser e dizer por mais do q si próprios/as."
Isto tinha-me escapado. Exactly my point. É que, caríssima Rita, a partir do momento em que se admite a existência de tal instância gregária, não é possível evitar tais malefícios.
Bem, só para dizer que usei da maior ironia ao escrever este texto... não pensem que concordei com as conclusões da peça!
;) bondarina
Bem divulgar uma coisa ou algo exige dar a cara e mais uma vez se tem medo de dar a cara, vou no inicio da entrevista e o q noto são apenas opiniões...divulgar a comunidade?
Desde a proibição do livro de Sade em Pt e prisão dos seus tradutores até aos canais de irc, festas privadas e ao Hoje na realidade o BDSM mudou...mt passou a ser uma moda...isto no meu ponto de vista...
De qq forma assumo-me uma Bondageira reformada...hehehe, das primeiras a dar a cara no seu local de trabalho´faz uns 11 anos...
Assumam-se por favor
Lady Aras
Obrigado a voces da revista e cont. dum excelente trabalho
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